Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
...tudo invenções.
... fui transportado para um mundo surpreendente, maquinado por definições sobre questões de ética a que o comum dos mortais jamais poderá interiorizar. As pessoas que me rodeiam, aquelas com quem partilho a minha existência, de quem recebo a aferição sobre a maneira correcta de me conduzir (pela ausência de sofrimento perante os meus comportamentos, definições, interacções, etc.) jamais me deixaram antever uma tão grande obrigação de observar detalhes que, pelo que me foi dado a ver nas investigações e interiorizações da coisa, a que me sujeitei nestes últimos dois dias, não fazia a mínima ideia da sua existência. Eu estou virado para o senso comum: as minhas acções pautam-se por aquilo que julgo virtuoso. Eventuais dúvidas sobre determinado comportamento são vistas aos olhos do meu conhecimento, emendadas com honestidade na presença de uma falha, de uma reclamação, de um conhecimento adquirido, caso conclua da sua justeza. A isso chama-se ponto de vista.
A maneira como me represento pode estar de acordo com determinado corrente de pensamento, pode ser albardada por diversas opiniões sobre a forma correcta de encarar a realidade e agir de acordo com o que se convencionou como justo, razoável, verdadeiro. Este acordo é sempre fruto do acaso, dependente da minha cultura, da minha educação, do meu posicionamento perante a vida, daquilo que tomei como bom na ausência das referidas reclamações, etc. Mesmo na presença de reclamações julgo ter sempre o beneficio da dúvida perante o meu acusador: à falta de boa prova, a minha verdade sobrevém.
Li sobre a natureza do ser (Heidegger) Autenticidade: significa co-responder à chamada do ser; mas o ser assim entendido é também a própria comunidade, a sociedade na qual se vive, etc.
Depreendi que o ser não pode ser julgado separado do meio em que vive. Se a minha conduta não gera repressão (não tenho poder declarado sobre os outros), então, a soma dos meus actos deve ser assacada, enquadrada na sociedade que me produziu, conduziu e validou/valida os meus actos. Isto transportou-me para o preconceito, a calunia, o julgamento fácil (caso alguém que não esteja na posse de todos os dados referentes a todas as interacções do meu ser reclame sobre eventuais manipulações sem que, contudo, demonstre, objectivamente, a justeza das suas afirmações.)
"Mentira é uma declaração feita por alguém que acredita ou suspeita que ela seja falsa, na expectativa de que os ouvintes ou leitores possam acreditar nela. Portanto uma declaração verdadeira pode ser uma mentira se o falante acredita que ela seja falsa; e histórias de ficção, embora falsas, não são mentiras. Dependendo das definições, uma mentira pode ser uma declaração falsa genuína ou uma verdade selectiva, uma mentira por omissão, ou mesmo a verdade se a intenção é enganar ou causar uma acção que não é do interesse do ouvinte. Mentir é contar uma mentira. Uma pessoa que conta uma mentira, em especial uma pessoa que conta mentiras com frequência, é um mentiroso."
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.