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...tudo invenções.
Transformar em escrita pensamentos soltos, convicções, razões. Tomar a força pela palavra, anulando outras armas, para conforto da minha alma - apenas a minha alma.
As palavras ficam,
como declarações da minha consciência,
subvertidas por construções mentais
em meu socorro para inventar o que sou.
A besta e o santo reinam em privado.
Pelo bem e pelo mal:
O bem de uns justifica o mal dos outros,
manipulado pelo interesse de quem lucra neste mercado.
Sou ovelha ou lobo de dentes aguçados
a desempenhar papeis de mau trucidário
representando em cenários onde todos possam tirar proveito
e se esqueçam de mim
Rir como tolo.
Tomar todos os dias como iguais enquanto o sangue ferve.
Dizer banalidades, mostrar-me aos outros, comungar da sua fé,
manter o joelho no chão à espera de uma qualquer estocada.
Sou isso e outras coisas.
Sinto na carne mentiras hediondas,
a falsidade em mim, na parte que não controlo,
que me subjuga com o meu consentimento,
sem hesitações,
com a convicção de que nem tudo o que existe é perceptível.
Os sentidos desafiam-me com empurrões
expulsam-me de mim
"Encolho os ombros a cada momento porque sei de razões que ultrapassam a razão. Pactuo com instituições para defesa das convicções impostas, a mim."
Vendo a minha alma ao diabo
a cada momento,
sem pejo, vergonha ou outro qualquer sentimento redutor
não tenho mão, não comando acções, sobrevivo.
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